Dilma Rousseff, a presidenta do Brasil, ganhou a eleição presidencial da nação em novembro do ano passado depois de assegurar aos eleitores céticos que ela é pró-vida, apesar de seu histórico de apoio à legalização do aborto. Contudo, a ministra para Políticas das Mulheres, a qual ela nomeou recentemente, tem um ponto de vista diferente.
Iriny Lopes, que no passado atuou como deputada na Câmara dos Deputados do Brasil, recentemente disse para um jornalista brasileiro que “Não vejo como obrigar alguém a ter um filho que ela não se sente em condições de ter”.
“Ninguém defende o aborto”, acrescentou ela. Estamos falando sobre “respeitar uma decisão que, individualmente, a mulher venha a tomar”.
Embora Lopes tenha reconhecido que a presidenta Rousseff tinha prometido não iniciar nenhuma legislação pró-aborto, ela acrescentou que “cabe ao Congresso definir políticas públicas”, dando a entender que tal legislação poderia no final das contas ser aceita pelo governo de Dilma.
Depois de observar seus números nas pesquisas públicas caírem devido às suas posições pró-aborto e pró-homossexualismo durante a eleição presidencial, Rousseff disse para os eleitores: “No meu projeto sou favorável à valorização da vida, e eu pessoalmente sou contra o aborto, que é uma violência contra a mulher”. Ela também anunciou um compromisso público de não iniciar nenhuma legislação pró-aborto, nem legislação que restringiria a liberdade de expressão em relação às questões homossexuais.
Contudo, organizações pró-vida e pró-família receberam as declarações de Rousseff com ceticismo. Ela havia no passado apoiado a descriminalização do aborto em termos explícitos, e o Partido dos Trabalhadores, do qual ela é membro, tem lutado vigorosamente pela mesma causa. O compromisso de Rousseff de não iniciar legislação pró-aborto não a obrigava explicitamente a vetar tal legislação se for aprovada pelo Congresso Nacional.